quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Vai passar...

Vai passar...
Nem toda dor é eterna e não há mal que não se cure.
Muitos falam do teu fracasso, mas poucos se lembram das tuas conquistas.
É como acordar em meio as nuvens e perceber que o nada é que se encontra por toda parte.
Não há como dar um passo sem ter aquela sensação de que se está pisando em ovos.
O medo persiste e parece dominar, mas tudo tem um fim.
Nada como o manhã para amenizar a dor do ontem e o depois de amanhã para torná-la quase inexistente.
Nada como a fé para fazer da vontade e da persistência algo maravilhoso.
Saiba que tudo que existe é o resultado do nada mais a necessidade de criar e recriar.
Por isso é preciso reinventar.
E por que não reinventar a si próprio, guardar em uma mala todas as dores e tristezas e fazer com que os erros não se repitam?
Mudar pode não estar nos planos, mas errar também não estava.
E quando menos esperar, vai perceber que aquela dor, ou aquele problema foram essenciais para o crescimento.
Lembre-se, vai passar!

Por Carlos Rodrigo Bouças

sábado, 22 de outubro de 2011

Frio


Hoje eu vou até o fim.
Ouvir toda a discografia da minha banda preferida.
Limpar todos os cantos da casa.
Ver os filme que gosto e gostar de um filme novo.
Fazer um bolo e preparar o meu prato preferido para o almoço.
Mais tarde vou sair e me divertir

Mas o frio não me deixa sair da cama.

Mudança de planos.

Por Carlos Rodrigo Bouças

domingo, 16 de outubro de 2011

Soldado de guerra

Aquele lugar era aterrorizante. Ele nunca pensou que merecesse estar ali e por um momento teve a sensação de que seria pela última vez. Naquela tarde, em meio a todo o barulho e gritos de desespero ele foi posto pelos companheiros em um lugar aparentemente seguro e pensou em desistir.

Era difícil lembrar-se do choro da esposa com o filho no colo implorando para que ficasse, mas ele não podia. Afinal não entendia, já que para muitos a guerra não era uma opção. Logo ele que sempre frequentou a igreja e pagou suas contas com o suor de seu trabalho. Ele sabia que nunca mais voltaria para casa. Ele sabia que estava entregue a mesma sorte que qualquer homem que estava ali e que o dia seguinte simplesmente poderia não mais existir.
Ele tirou o capacete e olhou para a foto da família que guardava, sem saber se Deus o perdoaria pelas pessoas que fora obrigado a matar. Ele estava naquela terra onde ninguém poderia salva-lo. Retirou do bolso um pedaço sujo de papel que estava preso a uma caneta e escreveu a última carta que enviaria a esposa. Pediu para que ela o perdoasse por não poder fazer nada que o impedisse de estar ali, contou sobre o fardo que sua alma carregaria para sempre por todos que matou para não morrer. Disse que talvez não estivesse mais vivo quando ela recebesse carta, e se um dia a receberia. Pediu para que tomasse conta do filho e que sempre estaria ao lado deles. Ele sabia que os dois conseguiriam se virar sozinhos, mas já não suportava mais viver aquela tragédia com cheiro de sangue e gritos de terror. Não queria mais ver inocentes pedindo pelo amor de Deus para que poupasse suas vidas. Era triste ter que carregar nos braços seus companheiros que ainda lutavam para sobreviver, muitas vezes mutilados. Apesar de toda a angústia que o consumia, ele acreditava que por menor que fosse, ainda existia esperança dentro de cada homem que ali lutava por um ideal que não os pertencia.
Pediu perdão a Deus pelo último ato que tomaria na vida, mas sabia que naquele momento o maior pecado que poderia cometer em toda a sua vida era o de continuar vivo e acabar voltando para sua família sem poder sustentá-los, afinal, ontem seus companheiros o colocaram em uma cama de campanha quase morto e sem as pernas. Mesmo que muitos considerassem um milagre a sua sobrevivência, ele não conseguia aceitar sua situação.
Chorando por não querer mais viver ele se jogou da cadeira e mesmo perdendo a força nos braços rastejou até a sua arma que se encontrava no chão. Ele implorou para que ela não falhasse naquele momento.
Ele respirou pela última vez.
Sua carta nunca chegou ao destino.
Por Carlos Rodrigo Bouças

sábado, 13 de agosto de 2011

Nunca mais

A conversa de ontem não era o que eles precisavam. Algumas verdades foram ditas da pior maneira possível. De um lado, segurando o telefone, ela chorou. Do outro ele, que não acreditava na situação, calou-se. Durante o silêncio, cada segundo parecia durar uma eternidade, parecia sufocar. De repente ela avisou que ia desligar e ele concordou.

Aquela conversa fez com que os dois ficassem acordados a noite inteira, ambos esperando um pedido de desculpa.

O dia amanheceu e uma mesagem chegou. Ela leu: "Eu te amo", e chorou.

Aquela mensagem teve todo teor que a conversa da noite anterior não teve. Aquela mensagem não fez com que a conversa da noite anterior fosse apagada, mas fez com que eles descobrissem o que os dois não queriam revelar.

Os dois se encontraram e depois não se perderam nunca mais.
Por Carlos Rodrigo Bouças

sábado, 6 de agosto de 2011

Recomeçar

É possível fugir de problemas, mas o novo lugar sempre marcará a sua vida pelo mesmo motivo que você deixou o anterior. Para recomeçar é preciso fechar o ciclo. Um problema não resolvido é igual uma dívida não paga, uma hora será cobrado.
Por Carlos Rodrigo Bouças

Agora

Hoje é o dia para fazer com que o amanhã seja melhor que hoje.
É a chance para mudar o que ainda não existe.
Esse é o momento, esse é a hora.
Para melhorar o futuro precisamos mudar agora.
Por Carlos Rodrigo Bouças

domingo, 31 de julho de 2011

Sábado

Hoje te encontrei na rua e levei para minha casa.
Hoje te abracei e não quis mais largar.
Beijei-te como se fosse o último.
Amei-te para sempre.

E amanhã volto a te amar mais uma vez.
Por Carlos Rodrigo Bouças